quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Órfãos de Deus

Ditamos regras, soluções...
Fazemos guerra, revoluções...
Alimentamos crianças com fome;
Depois matamos seus pais...
Somos Homens!

Cada qual, dono de seu nariz.
Somos “mentor e aprendiz”,
Cobaias de nós mesmos,
Presos por armadilhas
A esmo!

Somos pobres seres infelizes
Amarrados pelas raízes.
A busca de evolução
Nos devolve às origens.
Viramos “cão”!

E quando estamos desesperados,
Com pavor no rosto estampado,
Então lembramos de Deus.
Que ele existe, que tudo assiste...
Que olhe os seus!

E mesmo sem ter decorado,
Rezamos, alucinados,
Alguma oração antiga
Que nos devolva a esperança
Pela vida!

Me
Antologia "Grandes Escritores de Minas Gerais- Também faz parte da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 6-RJ/2004